Blue Aya

dez 22, 2022 • 11:41 am

Você provavelmente deve ter ouvido falar bastante nos últimos anos em “mudanças climáticas”. A verdade é que, mesmo que muitas pessoas já tenham começado a despertar para essa problemática, as reais consequências e dimensões do problema ainda são abstratas nas mentes de muitos. Mas você sabia que, já nos dias atuais, existem ilhas, cidades e países inteiros que sofrem as consequências da crise climática? E que cidades brasileiras como o Rio de Janeiro poderão não existir mais como conhecemos devido ao aumento do nível do mar? Entenda aqui um pouco mais sobre esse problema e as ações que precisam ser tomadas.

Segundo dados do Global Carbon Project, cerca de 52% das emissões de CO2 que ocorreram em todo o mundo, durante toda a nossa história, aconteceram a partir de 1990. Isso significa que o aumento descontrolado nos nossos padrões de produção e consumo como humanidade nos últimos 30 anos vem acelerando a crise climática e os seus efeitos, a níveis maiores do que foi feito durante todo o período anterior. Apesar das mudanças climáticas serem alterações cíclicas e naturais que ocorrem em nosso planeta, a ação humana vem acelerando esse processo. Com o aumento da emissão de gases do efeito estufa, entre eles o CO2, o metano e o óxido nitroso, por parte de vários setores da sociedade, a capacidade da atmosfera em reter calor aumenta, o que leva a um aumento da temperatura média da Terra, e tem consequências catastófricas para vários setores do nosso ecossistema.

Um dos principais problemas relacionados a esse fato é que, com o aumento da temperatura, o nível do mar também aumenta. Isso ocorre principalmente por conta da dilatação da água, que cresce em volume conforme as temperaturas também crescem, e por conta do derretimento de grandes geleiras ao redor do mundo. Segundo pesquisadores, quando o gelo presente em grandes geleiras continentais como nos Andes ou nos Himalaias derrete, essa água escoa para o mar e aumenta o seu nível, sendo esse um dano irreversível. Eles apontam, também, que nos dias atuais já se observa um crescimento de 3 a 4 centímetros no nível do mar a cada década, o que apesar de parecer pouco, está em pleno aceleramento, e pode já ser preocupante principalmente para regiões costeiras e países insulares, que já percebem o aumento da frequência de grandes tempestades, como é o caso, no Brasil, do Rio de Janeiro e de Pernambuco.

Para algumas localidades do globo, a situação se apresenta de forma ainda mais alarmante. É o caso de Tuvalu, um arquipélago no Pacífico que está a apenas dois metros acima do nível do mar, e cuja cultura, sociedade, e o território como um todo corre o risco de ser completamente inundado dentro de algumas décadas. Esse também é o caso das Filipinas, cuja capital, Manila, com cerca de 1.7 milhões de habitantes pode desaparecer em cerca de 30 anos caso as emissões continuem no ritmo atual. Para além disso, essas populações já sentem hoje o efeito do avanço do nível do mar, que se reflete na erosão das praias, em enchentes, e no consequente apodrecimento de plantações inteiras, que não sobrevivem ao contato com a água salgada. No futuro, as perspectivas são ainda mais alarmantes. Os cientistas apontam que, se nada mudar, dentro de poucos séculos a temperatura do planeta terá aumentado em cerca de 4ºC, levando o nível do mar a subir até 15 metros, e mudando por completo o mundo como conhecemos hoje.

Na COP 27, Conferência da ONU realizada esse ano no Egito, muito se discutiu a respeito dos países insulares, a maioria em desenvolvimento, e que sofrem as consequências das emissões majoritariamente causadas pelas grandes potências. Como medida, esses países pedem que os países mais ricos os auxiliem financeiramente para realizarem suas transições energéticas e compensem os danos econômicos causados. Para além disso, é preciso mais do que nunca que todos nós, enquanto humanidade, estejamos comprometidos em pressionar empresas e governos do mundo inteiro para que regulem as emissões de gases do efeito estufa e diminuam drasticamente a poluição. Conheça pessoas, líderes, organizações e marcas que estão trabalhando por um mundo mais sustentável, e se engaje na luta pelas vidas de tantas pessoas que já sofrem com as mudanças climáticas, e pela preservação do nosso planeta.

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