Blue Aya

nov 17, 2022 • 3:37 pm

Ao olhar em volta, você com certeza deve perceber diversos tipos de produtos plásticos presentes no seu cotidiano. Desde todo tipo de embalagens até sacolas e descartáveis, o plástico se estabeleceu como a base da sociedade de consumo desde a sua ascensão nos anos 1950, na economia do pós-guerra, e sua massificação a partir dos anos 70. Sendo um produto de fácil dispersão pelo ambiente e possuindo uma alta durabilidade, o plástico simboliza uma das principais ameaças poluentes para o nosso planeta. 

De acordo com dados da OCDE, em 2019 o mundo produziu cerca de 350 milhões de toneladas em resíduos plásticos, e apenas 9% desses foram reciclados. Ao chegarem nos oceanos, tais resíduos representam uma grave ameça à biodiversidade marinha, à setores da economia e afeta também a saúde humana. Mas, afinal, qual é o tamanho real do problema, e de que forma nossa sociedade pode combatê-lo?

Quando falamos de poluição por plástico, o principal problema se encontra na utilização massiva pela sociedade dos chamados “plásticos de uso único”. De acordo com a definição da União Europeia, esses são “produtos fabricados total ou parcialmente a partir de plástico e que não é concebido, projetado ou colocado no mercado para perfazer múltiplas viagens ou rotações no seu ciclo de vida (…)”. Dentro desse grupo se enquadram os produtos descartáveis, como pratos, talheres, canudos, etc, e as embalagens plásticas no geral. Eles são chamados assim pois são feitos para serem utilizados apenas uma vez, e são imediatamente descartados após o uso, possuindo uma vida útil curta, porém prevalecendo na natureza por muitos anos na forma de lixo e depois na forma de microplásticos. Estudos apontam que a cada ano, 8 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos, e estima-se que esse volume será quadruplicado até 2040

Um dos principais problemas decorrentes disso é a morte e prejuízo à vida de diversas espécies da fauna e flora marinha. De acordo com a organização Oceana, já foram encontrados resíduos plásticos tanto na superfície do mar como no gelo do Ártico e nos pontos mais profundos do oceano. A ingestão de tais resíduos por animais marinhos, como fitoplânctons, peixes, tartarugas e mamíferos é extremamente preocupante, já que monitoramentos realizados apenas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil já apontam que 1 em cada 10 animais marinhos que ingere plástico vem a óbito. Tal fato tem efeitos em larga escala, pois a diminuição da presença de uma única espécie pode causar um grande desequilíbrio no complexo ecossistema marinho, do qual dependemos para diversas atividades econômicas e de sobrevivência. 

Além do prejuízo direto aos animais marinhos, diversos estudos apontam que  nós, seres humanos, consumimos indiretamente uma grande quantidade de microplásticos. Uma vez no mar, os plásticos não se degradam por completo, e acabam se dividindo em pequenas partículas que atuam como ímãs para poluentes nocivos. A partir do momento em que tais partículas de plástico são ingeridas por animais marinhos, elas acabam adentrando a cadeia alimentar e chegam até nós, que atualmente já ingerimos de 74 mil a 121 mil partículas por ano, segundo estudo. Segundo a pesquisa, ingerir o extremo dessa estimativa, 121 mil, é o equivalente a engolir uma fita plástica de aproximadamente 605 metros. E, apesar dos números serem preocupantes, ainda pouco se sabe sobre os efeitos que isso está causando e causará em nossos corpos em um futuro próximo, mas hipóteses sugerem que haverá danos mecânicos e patológicos.

Uma vez que estamos a par da problemática e da sua gravidade, devemos pensar em meios de reverter esse quadro. Segundo um relatório publicado pela Oceana em 2020, um dos principais erros que as pessoas cometem é apostar totalmente nos chamados “bioplásticos” como a solução para tal crise. Isso porque não existe uma definição exata do que seriam esses bioplásticos, e nem uma regulamentação específica da quantidade mínima de matéria-prima de fonte renovável que esses produtos precisam conter, deixando o consumidor à mercê do greenwashing, termo usado quando marcas apresentam um discurso de sustentabilidade para as suas ações de marketing, mas que na prática não é real. Entre alguns dos tipos de “bioplásticos” estão, inclusive, alguns produzidos a partir de uma combinação de biomassa com fontes de petróleo, e que, na prática, apresentam as mesmas dificuldades de descarte, reciclagem e decomposição que o plástico convencional. Muitos outros, produzidos a partir de açúcares, dependem de processos industriais específicos para que sejam de fato decompostos, e sem o encaminhamento adequado, acabam em lixões e aterros como qualquer outro resíduo. 

Fica claro portanto que a maneira mais eficaz de lidar com a crise do plástico é de fato diminuir a sua produção. A Oceana aponta para a necessidade de criação de leis no Brasil e no mundo que visem regular e diminuir a produção de plásticos de uso único, e aponta para a necessidade de investimento por parte de governos e empresas em materiais para embalagens que possuam alto índice de reciclagem, como o papel, o alumínio e a madeira de plantio planejado. 

A Blue Aya é uma marca de proteção solar que nasce com o compromisso de ser totalmente livre de plástico, tanto em suas fórmulas quanto em suas embalagens, feitas a partir do alumínio, que possui um índice de reciclagem de 98%. Saiba mais sobre nossos produtos e iniciativas clicando aqui.

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